Este é um manifesto de defesa da liderança e dos profissionais sérios que trabalham com esta
importante área de conhecimento da gestão de pessoas. Ele é necessário para o combate ao
extremismo de ambos os lados: dos céticos e também dos falsos profissionais. Sua grande
advogada é a história do mundo corporativo vivida por mim, por você e por todas as pessoas
que trabalham, já foram lideradas e também aquelas que são gestores e líderes, sendo que
aqui, usarei a minha carreira como pano de fundo, mas convido você a fazer o mesmo com a
sua.
Negar a possibilidade de desenvolvimento de um profissional como líder é negar a existência e
a carreira de diversas pessoas que já passaram pelo nosso caminho. Creio que seja impossível
que somente eu tenha vivido experiências profissionais com pessoas que atingiram o status de
líder em sua carreira – sim, desenvolveram-se como tal. Também acredito não ser o único
profissional que atua com programas de liderança a presenciar o desabrochar de uma pessoa
que no status de gestor conseguiu influenciar, desenvolver seus liderados e promover um
sucessor, fazendo o que se espera mesmo de um bom líder.
qualquer um pode ser líder, mas liderar não é para qualquer um
Claro, também já vivi o suficiente para ver diversos casos em que este desenvolvimento não foi
possível, seja porque a empresa não deu espaço e o profissional não teve coragem de busca-lo
em outro lugar, ou seja porque ele mesmo não entregou energia suficiente neste processo. Ou
seja, é óbvio que a pessoa precisa querer, tanto quanto é óbvio que não existe um perfil
comportamental específico de liderança, mas sim formas diferentes de liderar que podem ser
influenciadas pelo seu perfil comportamental.
Costumo dizer que qualquer um pode ser líder, mas liderar não é para qualquer um,
justamente porque envolve – em alguns casos – um grande desafio pessoal, que quase sempre
coloca à prova suas crenças e valores pessoais. Sim, é necessário mente aberta para ser um
verdadeiro líder, o que não quer dizer que a pessoa que está nesta busca tenha que passar por
ritualísticas que não façam sentido para ele e que, quando mal aplicadas, causam muito mais
prejuízo à pessoa do que se ela tivesse ficado parada sem buscar “beber daquela fonte”.
(Leia também: As 5 Linguagens de Valorização na Liderança)
Acredito que a liderança efetiva e verdadeira não está nos espetáculos, nas “borboletas azuis”
e nem na exposição desmedida. Também acredito que ela não é um dom divino o qual sem ele
você jamais poderá liderar uma equipe. Para mim e por tudo que já estudei e principalmente vi
na minha curta existência (nem tão curta assim…risos) é possível sim uma pessoa desenvolver-
se como líder, influenciar pessoas, desenvolver novos líderes e criar seus sucessores. E você, o
que sua história fala a respeito disso?