Já observamos alguns sinais da recuperação econômica, no entanto ela trouxe e ainda traz reflexos sobre a gestão de pessoas nas empresas de nosso país.
É triste, mas estes altos e baixos históricos em nossa economia fazem com que muitos planos de desenvolvimento nas pessoas fiquem parados no meio do caminho. Em geral as empresas simplesmente seguram investimentos em seus profissionais e este é um dos entraves que dificulta ainda mais nossa competitividade.
Novamente temos uma avalanche de pessoas desempregadas, fruto de uma prática politica desprovida de propósitos decentes. Esta situação cria conflitos pessoais, familiares e sociais em proporções gigantescas.
A melhor forma de distribuir a renda é a situação de pleno emprego. Ela equilibra as forças, mas parece que de tempos em tempos passamos por um processo de “teoria da conspiração” neste sentido.
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Parte desta mazela está também relacionada ao modelo e a qualidade educacional, que se tornam ainda mais complexos em tempos de escassez. Em alguns países os alunos permanecem numa escola mais de oito horas por dia e os professores são realmente valorizados. No Japão, por exemplo, as duas profissões com maior valor são as de professor e a de médico.
Além desta famigerada crise obrigar as empresas a fazerem profundos cortes em seus programas de treinamento e desenvolvimento, as entidades educacionais viram parte dos alunos sumirem do mapa. Por causa destas situações infelizmente muita coisa terá que recomeçar do zero.
A melhor forma de distribuir a renda é a situação de pleno emprego
Temos muitos congressos, seminários e workshops, alguns é verdade praticam a psicologia do status, o que não deixa de ser nefasto, no entanto mesmo assim são formadores de opinião e criam insights que são fundamentais para a inovação. Estes eventos deveriam ser aproveitados de forma mais inteligente e muitas vezes não são, especialmente em razão das condições econômicas atuais ou da falta de percepção de algumas lideranças.
Temos muitas histórias que tentam ver o lado bom da crise. Ele realmente existe em algumas situações, entretanto de forma geral a crise provoca muito sofrimento na população trabalhadora e empreendedora. Não podemos ainda esquecer que esta situação foi criada principalmente pela ineficiência política e subtração fraudulenta observada recentemente em nosso país.
Pedro Luiz Pereira
Especialista em Neurociência e Neurocoaching, MBA em Qualidade e Produtividade, pós-Graduado em Gestão de Recursos Humanos, graduado em Economia e Administração, analista comportamental PROFILER, professor de pós-graduação, consultor, Hunter e palestrante. Atuou como executivo nas empresas MCI, Datasul, Pollux Automation e ACIJ, ocupando o cargo de diretor executivo durante 4 anos. Autor do livro “Negociação e Tomada de Decisão” e de vários artigos publicados no Jornal ANotícia, Notícias do Dia, Revista ACIJ e Revista Ferramental. Atualmente proprietário da EURHO Consulting, empresa especializada em processos de R&S de técnicos especializados, cargos de gestão, liderança, treinamento e desenvolvimento, executive search, assessment, mentoria, executive coaching e consultoria organizacional.
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